Renamo acusa STAE de obstruir participação dos seus delegados e denuncia irregularidades nas eleições: O partido Renamo acusou o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) de obstruir a presença dos seus delegados de candidatura em várias zonas do país, devido à demora na emissão de credenciais.
Além disso, o partido relatou a ocorrência de várias irregularidades nas primeiras horas do dia de votação, alegadamente promovidas pelo partido no poder.
A Renamo afirmou que o STAE tem impedido que os seus delegados de candidatura participem nas mesas de voto, uma vez que muitos ainda não receberam as credenciais necessárias. Segundo o partido, essa situação também afectou os membros das mesas de voto (MMV) indicados pela Renamo.
Marcial Macome, porta-voz da Renamo, durante uma conferência de imprensa realizada oito horas após o início da votação, considerou estas acções uma tentativa de manipular o processo eleitoral. “Queremos denunciar que até às primeiras horas de hoje, vários MMV e delegados de candidatura da Renamo ainda não tinham recebido as suas credenciais”, declarou Macome.
Além das credenciais em atraso, o partido também relatou outras irregularidades no processo eleitoral. Entre as anomalias mencionadas, destacam-se o uso de urnas sem tampa, tentativa de enchimento de urnas e a utilização de lápis para marcar os boletins de voto, o que levantou preocupações sobre a integridade do processo.
“Em particular, registámos uma tentativa de enchimento de urnas numa escola da cidade de Maputo. Para além disso, em diversos locais, observámos o uso de lápis para assinalar os boletins de voto, o que pode comprometer a fiabilidade dos votos”, denunciou o porta-voz da Renamo.
Acompanhado por vários membros seniores do partido, Marcial Macome apelou aos órgãos eleitorais para corrigirem as falhas apontadas pela Renamo, advertindo que estas irregularidades poderiam prejudicar a credibilidade do processo eleitoral.
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