Daniel Chapo, candidato presidencial da FRELIMO, tem contado com o apoio de várias figuras de destaque do partido, incluindo os antigos presidentes Armando Emílio Guebuza e Joaquim Chissano, que têm tido uma participação activa na campanha.
Em reacção a esta situação, o académico moçambicano e director executivo do Centro para Democracia e Desenvolvimento (CDD), Adriano Nuvunga, afirmou numa entrevista à TV Sucesso que a participação de Joaquim Chissano e Armando Guebuza na campanha eleitoral da FRELIMO é contrária à lei.
Nuvunga argumenta que os ex-presidentes usufruem de um estatuto especial, aprovado pela Assembleia da República, que lhes concede benefícios financiados pelo Estado e exige que se mantenham afastados de disputas eleitorais, desempenhando um papel de garante da estabilidade do país.
O académico defende que Chissano e Guebuza deveriam evitar envolver-se directamente na campanha da FRELIMO, intervindo apenas em situações de crise ou conflito eleitoral. Nuvunga também levantou dúvidas sobre a origem dos fundos que a FRELIMO está a utilizar na campanha e apelou à Procuradoria-Geral da República para investigar a legalidade desses recursos.
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