Recentemente, o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, declarou publicamente o seu apoio a Chapo, candidato da Frelimo, nas eleições presidenciais de Moçambique. Esta intervenção é vista como uma tentativa indevida de influenciar as eleições no país. Mas, será que Ramaphosa, com o seu historial, é a pessoa certa para intervir no futuro de Moçambique? Vamos analisar um pouco quem é este Ramaphosa.
Antes de mais, é importante recordar que, apesar da sua posição de destaque na África do Sul, Ramaphosa tem sobre si uma série de escândalos e fracassos na sua gestão, que o desqualificam para ditar o futuro de outros países. Aqui estão três exemplos claros do seu envolvimento em situações controversas:
1. Escândalo "Farmgate": Este é, provavelmente, o maior escândalo envolvendo Ramaphosa. Foram encontrados milhões de dólares escondidos na sua propriedade rural em Phala Phala. O problema não reside apenas na quantia, mas também na falta de transparência sobre a sua proveniência. O presidente afirmou que o dinheiro resultava da venda de gado, mas a verdade permanece pouco clara. Este caso gerou acusações de corrupção e muitos exigiram a sua demissão. Que moral tem alguém envolvido num caso tão grave para influenciar as eleições de outro país?
2. Violência Xenófoba: Durante o governo de Ramaphosa, a África do Sul assistiu a ataques xenófobos violentos, especialmente contra cidadãos de outros países africanos, incluindo moçambicanos. Em vez de proteger os imigrantes, o governo de Ramaphosa foi criticado por inação e, nalguns casos, por agravar as tensões. Moçambicanos foram agredidos, as suas lojas destruídas, e muitos perderam tudo. Como confiar em alguém que não valoriza a vida dos africanos no seu próprio país?
3. Desigualdade Crescente: Sob a liderança de Ramaphosa, a África do Sul continua a ser uma das sociedades mais desiguais do mundo. A disparidade entre ricos e pobres tem aumentado, e muitas comunidades continuam a viver sem acesso adequado a serviços básicos como saúde, educação e saneamento. Se Ramaphosa não consegue resolver os problemas do seu próprio país, com que legitimidade se sente para interferir no futuro dos moçambicanos?
Agora, pensem: é esta a pessoa a quem devemos dar ouvidos? Moçambique é um país soberano, e são os moçambicanos que vivem as dificuldades diárias. São vocês que enfrentam as longas filas nos hospitais, que sobrevivem com salários baixos e que lutam por melhores condições de vida. Ramaphosa não conhece esta realidade, não vive as vossas dificuldades e não tem o direito de se envolver no futuro de um país que não é o dele.
O que importa é concentrar-se na construção de Moçambique. Vocês têm o poder de decidir o futuro do país. Não deixem que estrangeiros, com os seus próprios interesses, ditem o rumo da vossa nação. Afinal, quem vive as dificuldades de Moçambique são vocês, e o país precisa de mudar para o vosso benefício.
Moçambicanos, a decisão é nossa. Não permitam que influências externas ditem o vosso futuro. Moçambique está nas mãos de quem vive e sente o dia a dia deste país.
Fonte: Satélite
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